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FOTOS: EVARISTO SÁ/AFP E ANDRESSA ANHOLETE/AFP |
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), fez com que o 7 de setembro virasse uma espécie de "terror". Com falas antidemocráticas, o chefe mor do executivo nacional assinalou, em discurso feito na tarde desta terça-feira (7), para seus apoiadores, em São Paulo, que não vai mais aceitar decisões advindas do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Durante o discurso, feito aos apoiadores, na Avenida Paulista, principal corredor de São Paulo, o presidente cravou: "Ou esse ministro [referindo-se a Alexandre de Moraes] se enquadra ou ele pede pra sair. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha".
Ele continuou dizendo que qualquer decisão do ministro será declinada por ele. "Dizer a vocês que qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente [ele mesmo] não mais cumprirá", bradou em discurso transmitido ao vivo via internet.
A fala contemplou ainda críticas ao ministro e ao seu trabalho. "Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas, turve a nossa liberdade. [Alguém precisa] dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda de arquivar seus inquéritos... deixa de oprimir o povo brasileiro, deixa de censurar seu povo", insinua e pede o presidente.
Bolsonaro aproveitou o momento para tecer críticas ao sistema eleitoral. Ele afirmou que a alma da democracia é o voto e pediu um sistema eleitoral, segundo ele, mais seguro. "A paciência do nosso povo já se esgotou. Nós acreditamos e queremos a democracia. A alma da democracia é o voto. Não podemos admitir um sistema eleitoral que não fornece qualquer segurança. Queremos eleições limpas, democráticas, com votos auditáveis e contagem pública dos votos", conclamou.
E encerrou o discurso afirmando que não será preso e que sua vida pertence a Deus. "Preso, morto ou com vitória. Dizer aos canalhas [opositores] que eu nunca serei preso. A minha vida pertence a Deus. Mas, a vitória é de todos nós. Muito obrigado a todos. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", finalizou. (Por: Armando Holanda)
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